TDAH: Grandes Desafios Enfrentados pelos Professores, Escolas e Famílias

ARTIGO ORIGINAL

CAMPOS, Elaine Aparecida de Oliveira. TDAH: Grandes Desafios Enfrentados pelos Professores, Escolas e Famílias. Revista Ideário Acadêmico. Link de acesso: https://revistaacademicadomercosul.org/tdah-grandes-desafios-enfrentados-pelos-professores-escolas-e-familias/

RESUMO 

O presente artigo tem o objetivo de demonstrar o que é TDHA e relatar possíveis características que o aluno possa possuir, juntamente com a importância do empenho dos professores, no processo de aprendizado para essas crianças, mostrando também a importância do olhar diferenciado das escolas para com esses alunos, juntamente com o auxílio da família, para enfrentar os desafios encontrados. A metodologia usada foi uma revisão bibliográfica sobre o tema central utilizando de forma exploratória e descritiva. Este tipo de pesquisa visa identificar os pressupostos, que o autor utiliza como fundamento de sua argumentação estabelecendo relações com outros conhecimentos, o que significa conferir um alcance mais amplo aos resultados obtidos com a leitura analítica e revisão bibliográfica de renomados autores. Sendo assim através do empenho e de situações de aprendizagem adequadas, essa criança conseguira sim aprender.

Palavras-chave: TDAH; Dificuldades; Aprendizagem; Desafios.

RESUMEN

El artículo tiene como objetivo demostrar qué es TDAH y reportar las posibles características que pueda tener el alumno, junto con la importancia del compromiso de los docentes en el proceso de aprendizaje de estos niños, mostrando también la importancia de la mirada diferenciada de las escuelas hacia estos alumnos, en conjunto. con la ayuda de la familia, para afrontar los retos encontrados. La metodología utilizada fue una revisión de la literatura sobre el tema central de forma exploratoria y descriptiva. Este tipo de investigación tiene como objetivo identificar los supuestos que el autor utiliza como fundamento de su argumentación, estableciendo relaciones con otros conocimientos, lo que significa dar un alcance más amplio a los resultados obtenidos de la lectura analítica y revisión bibliográfica de autores de renombre. Por lo tanto, a través del compromiso y las situaciones de aprendizaje adecuadas, este niño podrá aprender.

Palabras clave: TDAH; Dificultades; Aprendiendo; Desafíos

TDAH: GRANDES DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES, ESCOLAS E FAMÍLIAS

Autora:  Elaine Aparecida de Oliveira Campos Da re1

1- Mestranda em Ciências da Educação na Universidade Columbia Del Paraguay, Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário São Camilo-ES, Pós-Graduada em Psicopedagogia Clinica e Institucional, Pós-Graduada em Educação Infantil ambas pela FACEC (Faculdade De Ciências e Educação do Caparaó) elaineaparecida.eadoc@gmail.com

1. INTRODUÇÃO  

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA) está preocupando muito os professores na atualidade afinal, ocorre dentro da fase do período escolar e a autora afirma que:

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é considerado pelos educadores um fator preocupante, principalmente na fase escolar. Caracterizado pelos sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade, afeta de 3 a 5% das crianças. (Seno, 2010 p.334) 

Ou seja, esse transtorno atinge um número muito significante de crianças, o que está preocupando muito aos professores pois essa desatenção pode causar dificuldades de aprendizagem, podendo levar o desinteresse do aluno em estudar. 

O ambiente escolar, é um local multidisciplinar, ou seja, conta com diversas crianças que possuem várias formas de agir, pensar, aprender, dentre outras. No entanto, mesmo sabendo que cada criança tem seu tempo e seu momento, no que se trata sobre desenvolvimento e aprendizagem, quando essa dificuldade vai se tornando mais agravante e com o passar do tempo o professor vai observando que o aluno não está conseguindo aprender, o mesmo deve lançar ao aluno um olhar diferenciado, buscando entender o que pode estar ocasionado esta grande defasagem.

Afinal essa defasagem pode ocorrer por diversos fatores, dentre eles, o TDHA (Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade). Por isso as escolas juntamente com os professores, devem estar sempre atentos aos sintomas, que podem ser compatíveis aos apresentados por portadores de Hiperatividade.

Assim, este trabalho pretende descrever, e explicar o que é TDHA e importância do professor, a escola e a família, em ter um olhar diferenciado para com essas crianças, pois assim o desenvolvimento e aprendizagem, será mais satisfatório. E mostrando também os desafios encontrados pelos mesmos.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia usada foi uma revisão bibliográfica sobre o tema central utilizando de forma exploratória e descritiva. Este tipo de pesquisa visa identificar os pressupostos, que o autor utiliza como fundamento de sua argumentação estabelecendo relações com outros conhecimentos, o que significa conferir um alcance mais amplo aos resultados obtidos com a leitura analítica e revisão bibliográfica de renomados autores, além de consulta em livros e periódicos indexados na base de dados do Google Acadêmico e Scielo, a fim de trazer fundamentação científica às discussões realizadas sobre a o tema central.

Ao aproximar da pesquisa bibliográfica os procedimentos definidos nesse percurso metodológico será pautado pela definição de Lima e Mioto (2007) que “é caracterizada como revisão de literatura ou como revisão bibliográfica, pois falta compreensão de que a revisão é um requisito para qualquer pesquisa, bem como para a bibliográfica, que necessita de vários procedimentos”.

3.APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1 O QUE É TDAH? 

Ao longo dos anos vários nomes foram relacionados, quando se observa que uma criança apresenta um comportamento de desatenção ou hiperativo, sendo tratado na atualidade como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA). As autoras SANTOS, Leticia e VASCONCELOS, Laércia vai nos ajudar a entender um pouco sobre a história do TDHA e sua nomenclatura.

No início do século XX, o interesse pelo TDAH parece ter sido curiosamente despertado em decorrência de um surto de encefalite ocorrido na América do Norte entre os anos de 1917 e 1918. As crianças que sobrevieram à encefalite passavam a apresentar grande parte da sintomatologia que hoje faz parte do diagnóstico de TDAH, incluindo inquietação, desatenção e impulsividade. (SANTOS, e VASCONCELOS, 2010 p. 718)

O TDHA possui um CID próprio, e a criança que tem esse transtorno, pode apresentar várias características, e os autores MAIA, Maria e CONFORTIN, Helena vão nos ajudar a entender um pouco sobre elas:

Segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10, 2011), o TDAH está no grupo de transtornos caracterizados, por início precoce, durante os cinco primeiros anos de vida, apresentando falta de perseverança nas atividades, que exigem envolvimento cognitivo, e tendência a passar de uma atividade a outra sem acabar nem uma, associadas a uma atividade global desorganizada, descoordenada e excessiva. Em contrapartida, o Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-5) apresenta mudanças referentes à faixa etária de surgimento do TDAH. Segundo este manual, o surgimento se dá entre 07 e 12 anos de idade. O DSM-5 aponta também a possibilidade de classificar o TDAH em Leve, Moderado e Grave. (MAIA, e CONFORTIN, 2015 p.75)

Ou seja, o TDHA pode ser classificado em leve, moderado e grave, e características como desorganização repentina, e falta de interesse em finalizar as atividades devem ser observados, polos professores com olhar diferenciado.

Agora vamos conhecer um pouco desse transtorno, com a autora Seno:

É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Apesar de não existir cura, sua manifestação tende a diminuir com a idade e com o uso de medicação. (SENO, 2010 p. 334)

Sendo assim, o TDHA é considerado um transtorno neurobiológico, ocasionado por causas genéticas e não existe cura, e manifestação dessas características e sintomas podem vir a serem diminuídas com a utilização de medicamentos.

[…] No Brasil, a medicação disponível e de maior eficácia é o metilfenidato, um estimulante conhecido pelo nome comercial. Retalia. Prescrita e acompanhada pelo médico, dificilmente causará dependência, não se acumula no organismo e seu efeito dura em média 4 a 5 horas, e o tratamento deverá persistir enquanto os sintomas forem evidentes. (DESIDÉRIO e MIYAZAKI, 2007, p.168)

Esse medicamento diminui ou até mesmo elimina alguns sintomas do TDHA, tais como o de desatenção, hiperatividade e impulsividade, facilitando assim o trabalhar do professor e aluno.

Além dos medicamentos, há alguns tratamentos que auxiliam na diminuição dos sintomas do TDHA, esses que a autoras SOUZA, Lorrayne SOUZA, Carla vai nos ajudar a compreender.

Tratamento por intervenções psicossociais: Psicoeducação, habilidades de organização escolar, reabilitação, treinamento de pais, modificação comportamental na sala de aula e em casa, terapia cognitivo – comportamental e treinamento em habilidades sociais. Hoje o TDAH pode ser tratado com a ligação dos tratamentos com medicamentos e tratamentos psicológicos como a Terapia Comportamental-Cognitiva, conhecida como TCC, terapia com artes, tratamento desenvolvido com os pais. (Souza e Souza, 2017, p.801)

Ou seja, não somente o medicamento pode ajudar esse aluno, então não se deve esperar que os resultados positivos venham somente através do uso dos mesmos, mas também com um bom trabalho realizado em conjunto envolvendo, professor, família e escola, a vida desse aluno que possui esse transtorno pode se tornar cada vez melhor e assim facilitando também o desenvolvimento e aprendizado do mesmo.

3.2 O PAPEL DOS PROFESSORES

Na maioria das vezes, quando uma criança não demostra interesse em aprender ou até mesmo desinteresse em realizar atividades e participar de aulas realizadas pelos professores, mesmo quando as mesmas são realizadas com muita ludicidade e criatividade, o professor tende a taxar esse aluno como uma criança que necessita de limites e disciplina, porém este é erro que o mesmo pode estar cometendo, apesar de limites e disciplina auxiliam sim no aprendizado e desenvolvimento do aluno, porem estas também podem ser essas das características do TDHA como podemos ver a seguir.

A falta de atenção pode manifestar-se em situações escolares, profissionais ou sociais. As crianças com TDAH, frequentemente apresentam dificuldades em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas. Ela não consegue manter a atenção em uma só tarefa, especialmente quando ela acha a atividade chata. Também tem dificuldades para atender às solicitações ou instruções e não conseguem complementar o trabalho escolar, tarefas domésticas ou outras atividades. (J. A Carvalho et al. ,2012, p.3)

Ou seja, a momentos em que o professor pensa que por mais que ele se esforce ele não consegue prender a atenção desse aluno em nenhuma atividade, então ele tende a sentir como se todas as suas tentativas fossem frustradas, porém é ai que entra o olhar diferenciado do professor para com esse aluno, não desistir de ensiná-lo mas sim buscar entender, o que está levando essa criança esse grande falta de interesse em aprender, conversar com grupo para que juntos possam entender o que está ocorrendo.

Reconhecer que seu aluno tem capacidade de aprender é de extrema importância para o desenvolvimento do aluno.

É importante que o professor perceba a criança com TDAH como uma pessoa que tem potencial que poderá ou não se desenvolver, e reconheça sua responsabilidade sobre o resultado final desse processo. O professor ideal terá mais equilíbrio e criatividade para criar alternativas e avaliar quais obtiveram melhor funcionamento prático.

(MIYAZAKI e DESIDÉRIO, 2007, p.173)

Ou seja, o professor não pode tomar decisões precipitadas e simplesmente falar que esse aluno não irá aprender e nem se desenvolver, mas sim acreditar no potencial desse aluno, sempre buscando o melhor para ele através de metodologias diferenciadas e estratégias de ensino.

E o professor fica muito tempo em contato com seu aluno, e é através da convivência diária, que o mesmo vai conhecendo cada vez melhor seu aluno.

O Professor é um dos grandes observadores de nossas crianças, é quem as conhece como poucos, pois consegue manter o olhar individual, mesmo em meio a uma “multidão”. Diferente de outros profissionais, ele é um dos poucos que enxerga a criança e o adolescente em sua rotina, na realidade em que ele está inserido. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DÉFICIT DE ATENÇÃO, 2013)

Sendo assim, o professor como um grande mediador do saber, deve usar esse conhecer o aluno, ao seu favor, criando metodologias e estratégias de ensino diferenciados, para auxiliar seu aluno na busca do aprender.

Cada criança tem seu tempo e seu momento, e no caso de uma criança com TDHA não pode ser diferente.

[…] o estudante com TDAH, assim como todos os outros estudantes, possuem seu próprio tempo de aprendizagem; porém, em sua maioria, os estudantes com TDAH precisam de um tempo maior para internalizar o que foi ensinado. Nesse sentido, torna-se indispensável a intervenção do professor para que esse estudante não venha a se sentir inferior em relação aos outros integrantes da turma, bem como a turma não o caracterize como uma pessoa lenta e exótica. (MAIA e MAIA, 2014 p.79/80)

Ou seja, cabe o professor respeitar o tempo desse aluno, criando estratégia para que esse aluno não se sinta tão diferente dos outros e se sinta mais acolhido pelo professor e pelos colegas de turma.

3.3 EXTRATÉGIAS QUE O PROFESSOR PODE ULTILIZAR QUE AUXILIE NO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZADO DESSE

ALUNO 

A criança ao ser diagnosticada com TDHA o professor deve se empenhar para que esses alunos consigam aprenderem e se desenvolverem como a autora SENO, Marília explica.

Uma vez diagnosticado o TDAH, esse aluno deve ser considerado como uma criança com necessidades educacionais especiais, pois para que tenha garantidas as mesmas oportunidades de aprender que os demais colegas de sala de aula, serão necessárias algumas adaptações visando diminuir a ocorrência dos comportamentos indesejáveis que possam prejudicar seu progresso pedagógico. (Seno, 2010, p.336)

Ou seja, algumas mudanças e adaptações serão necessárias e deveram ser feitas nas salas de aula, para que o ambiente se torne mais agradável e ocorrências do comportamento indesejável sejam diminuídas.

Segue abaixo algumas mudanças que podem ser realizadas dentro da sala de aula e algumas metodologias que o professor pode usar com esses alunos.

Sentar o aluno na primeira carteira e distante da porta ou janela; reduzir o número de alunos em sala de aula; procurar manter uma rotina diária; propor atividades pouco extensas; intercalar momentos de explicação com os exercícios práticos; utilizar estratégias atrativas; explicar detalhadamente a proposta; tentar manter o máximo de silêncio possível; orientar a família sobre o transtorno; evitar situações que provoquem a distração. Tais como ventiladores, cortinas balançando, cartazes pendurados pela sala; aproveitar situações que exijam movimentação para escolhê-lo como auxiliar (por exemplo, pedir que entregue os cadernos, que vá à diretoria ou que responda ao exercício na lousa) ;(Seno, 2010, p. 336)

A autora mostra nesse trecho que várias estratégias podem ser utilizadas pelo professor na sala de aula para auxiliar no desenvolvimento e aprendizado do aluno diagnosticado com TDHA, como por exemplo em atividades que exige mais movimento sempre utilizar esse aluno para realiza –las, até mesmo colocando ele para ser o ajudante do dia, e evitar objetos na sala de aula que possa causar desatenção do aluno tirando ele do foco.

Segundo a ABDA tem uma estratégia que pode auxiliar muito na aplicação das provas.

 […] Provas deverão acontecer no primeiro tempo de aula. No último tempo o aluno já teve várias aulas, de várias matérias, que acabam funcionando como elementos de distração e podem prejudicar todos os alunos, especialmente os que tem desnecessariamente.

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DÉFICIT DE ATENÇÃO, 2013)

Ou seja, quanto antes aplicar a prova melhor assim a mente do aluno vai estar mais tranquila e seu desempenho e desenvolvimento no decorrer da mesma será mais satisfatório, não somente para os alunos com TDHA mas também auxilia no desempenho dos demais alunos.

3.4 O PAPEL DA ESCOLA

A escola deve ser facilitadora, auxiliando os professores em busca de recursos que auxiliem no aprendizado e desenvolvimento desse aluno que possui essa necessidade especial, além de servir de link entre a escola e a família.

A orientação aos pais visa facilitar o convívio familiar, ajudar a entender o comportamento do portador de TDAH e ensinar técnicas para manejo dos sintomas e prevenção de futuros problemas. (MIYAZAKI e DESIDÉRIO, 2007, p.170)

Ou seja, é muito importante que a escola oriente a família investindo na realização de um trabalho em conjunto através de reuniões, palestras e etc, levando a família entender que para a mesma pode ser desconhecido.

Quando se em uma boa comunicação entre professor, escola e família, tudo pode começar a caminhar perfeitamente. Por isso é sempre importante a escola apoiar os professores em situações de alunos com TDHA na classe, estreitando assim a comunicação entre pais e professores.

É necessário que exista estreita colaboração entre pais e professores. A comunicação frequente entre a escola e a família é fator importante a garantir, para que professores e pais possam trocar experiências relevantes. Saber o que está acontecendo com a criança ou adolescente durante o tempo em que ele está no outro ambiente ajuda, a compor o quadro real da situação, e esse confiar no outro é o que realmente estabelece a parceria. (B.O. da Silva et al., s/d, p.5) 

Ou seja, quando a escola torna o caminho entre pais e professores mais estreitos, o professor terá uma visão melhor de como essa criança ou esse adolescente se comporta em outro ambiente, bem como os pais também poderão saber como seus filhos se comportam nas escolas, assim os professore conseguiram com mais facilidade criar metodologias e estratégias que auxiliem no aprendizado e desenvolvimento dos mesmos.

3.5 O PAPELA DA FAMÍLIA

A primeira realização que a família deve realizar é a aceitação, ou seja aceitar que seu filho tenha uma dificuldade que está ligada ao TDHA, pois na maioria das vezes, a mesma não consegue aceitar que seu filho tem algum tipo de necessidade especial, quando essa aceitação for feita, tudo se tornara mais fácil e o desenvolvimento e aprendizado dessa criança se torna mais gradativo.

Os pais na maioria das vezes tentem a achar que as atitudes dessa criança são consideradas naturais, como explica os autores abaixo.

A presença de uma pessoa com TDAH na família, altera consideravelmente a sua estrutura, sendo a mãe a pessoa mais atingida, uma vez que o pai, geralmente o papel de mantenedor, faz com que esteja mais ausente e a criança, pela sua pouca idade, vê tudo como muito natural. ( J.  A. Carvalho et. al, 2012 p. 2)

Ou seja, por a criança passar a maior parte do tempo com a mãe na maioria das vezes, essas atitudes de inquietação são consideradas normais pelos pais, o que preocupa afinal a falta de entendimento pode interferir no desenvolvimento e aprendizado do mesmo.

Então de acordo com o passar do tempo os pais e a família vão percebendo que essas atitudes vão se tornando repentinas, e pequenas reuniões com a família pode se tornar desagradáveis, mas os pais aos poucos devem ir aprendendo a lidar com essas situações, como veremos a seguir.

Os momentos de disponibilidade da família para o lazer ou outras reuniões sociais, que deveriam ser momentos de descontração, tornam se de estresse e desgaste emocional em função das atitudes incompatíveis do portador com relação a sua idade. Surgindo daí situações de constrangimentos, principalmente por desconhecer a existência de uma situação especial ou não saber lidar com as situações. São muito frequentes os casos de conflitos em família, ocasionados pela presença de um TDAH. Com os estudos que vêm sendo desenvolvidos, os pais não se sentem culpados e entendem que não causaram o problema em seus filhos devido a uma criação errada. ( J.  A. Carvalho et. al, 2012 p. 2)

 Sendo assim, os pais devem buscar entender, ler e pesquisar sobre o TDHA, e não se sentirem culpados achando que não souberam educar seu filho, e sim entender que o mesmo tem uma necessidade especial.

Os pais devem sempre estar atentos nas atividades e nas propostas de ensino aprendizagem que a escola e os professores estão utilizando com seu filho.

É importante existir uma comunicação dos pais com a coordenação da escola para entender como a instituição lida com alunos com TDAH, e se os professores contam com orientações específicas para auxiliar o processo de aprendizagem de crianças que possuam déficit de atenção e hiperatividade. Eles devem conhecer toda a proposta pedagógica que a escola oferece, para que possam saber como seu filho com TDAH será avaliado. Quando a criança recebe um apoio, ela consegue desenvolver suas atividades, mesmo tendo suas limitações. (Aurea Silvestre et al, s/d, p.7)

Sendo assim a família deve se dedicar em um todo, jamais colocando limitações no aprendizado de seus filhos, buscando sempre o melhor para eles e acreditando na capacidade em aprender dos mesmos. O auxílio dos pais nas atividades de casa é de extrema importância.

A criança deve ser estimulada a realizar as tarefas escolares e a estudar em casa. A família pode desempenhar importante papel neste sentido, esclarecendo sobre as consequências de estudar ou não, despertando o interesse e tornando o estudo compatível com as metas da própria criança. Além disso, é importante não cobrar resultados, mas sim desempenho. (MIYZAKI e DESIDÉRIO, 2007, p.173) 

Ou seja, além de apoiar e incentivar seus filhos, auxilia no aprendizado e desenvolvimento da criança, e os pais devem sempre entender, a forma em que seu filho vai se desenvolvendo, não apenas cobrando, mas sim elogiando o desempenho do mesmo.

A família sempre servira de base, de apoio e de exemplo para qualquer criança, e com a criança com TDHA não é diferente.

O envolvimento da família pode ainda ser ressaltado sob a perspectiva que o ser humano nasce, cresce e morre dentro de uma família. Assim, a família é provavelmente o melhor contexto para compreender e auxiliar as dificuldades vivenciadas por qualquer um de seus membros. (MIYAZAKI e DESIDÉRIO, 2007, p.170)

Ou seja, o carinho e o entendimento da família é de extrema importância para o desenvolvimento dessa criança, afinal a compreensão e o amor são os melhores caminhos para o entendimento.

4. CONCLUSÃO 

A proposta deste estudo foi relatar o que é TDHA, e demostrar os desafios encontrados pelos professores, pelas escolas e pelas famílias, no convívio e no ensino e aprendizado dos mesmos, buscando estratégias e reflexões que auxiliem no desenvolvimento e aprendizado dessas crianças com essa necessidade especial. Sendo assim, a partir daqui apresentam-se algumas considerações relacionadas ao objetivo deste estudo e suas possíveis contribuições.

Percebeu – se que as crianças com a necessidade especial TDHA, vem preocupando cada vez mais e mais os professores, afinal o diagnostico ocorre dentro do período escolar, o que pode ocasionar a evasão dos alunos, por ficarem desmotivados por não conseguirem aprender.

E como vimos no decorrer deste artigo, a criança com TDHA pode ser considerada pelos professores e pela família, como crianças desinteressadas ou até mesmo malcriadas, por falta de disciplina, porem isso é alta de um olhar diferenciado e até mesmo empatia, afinal quando se observa ve que essa criança não age dessa forma por vontade própria, mas sim por se tratarem de características do TDHA.

Conclui-se assim que o desenvolvimento e aprendizado desses alunos deve ocorrer de um trabalho em conjunto realizado entre professores, escola e família, que jamais devem duvidar da capacidade de desenvolvimento desses alunos e sempre esperar o melhor deles.

Espera-se que a leitura desse trabalho possa despertar por parte dos seus leitores algumas reflexões sobre a questão da importância do entendimento do TDHA para o desenvolvimento e aprendizado das crianças que possuem essa necessidade especial.

5.REFERÊNCIAS 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DÉFICIT DE ATENÇÃO. TDHA E ESCOLAS

[S.l]: ABDA, 20 Jun. 2017. Disponível em: https://tdah.org.br/tdah-e-escolas/: . Acesso em: julho. 2019 

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SILVESTRE, Áurea FAMÍLIA E A ESCOLA NA APRENDIZAGEM DA

CRIANÇA COM TDAH: a necessidade de uma parceria ativa e produtiva

CARVALHO, J. A et. al, Tdha: Consideracoes sobre o Trantorno do Défict de atenção e Hiperatividade, Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.5, n.3, Pub.5, Julho 2012

COFORTIN, Helena e MAIA, Maria Inete Rocha, Tdha e aprendizagem: um desafio para educação, Perspectiva, Erechim. v. 39, n.148, p. 73-84, dezembro/2015

SANTOS, Letícia de Faria Santos VASCONCELOS, Laércia Abreu, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em Crianças: Uma Revisão

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SENO, Marília Piazzi. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): o que os educadores sabem? Revista Psicopedagogia, São Paulo, v. 27(84): p.334-43, jul/nov. 2010

SOUZA, Lorrayne Claudino e SOUZA, Margarida de, Trantorno do déficit de atenção com hiperatividade, GT6 – Diversidade, Inclusão e Educação Especial, Anais da VI Semana de Integração Inhumas: UEG, 2017, p. 795-804

MIYAZAKI, Maria Cristina de O. S. e DESIDÉRIO, Rosimeire C. S., Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH): Orientações para a Família, Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), Vol. 11, n. 1, p. 165-178, Jan/Jun 2007 

Elaine Aparecida de Oliveira Campos

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